Não importa.





"É como se mil pessoas se importassem com você, menos uma. E, de alguma forma, era a única que você necessitava que se importasse." - (Caio F. Abreu.)




Ela estava onde queria e com quem queria, mas no final das contas estar onde se quer e com quem se deseja já não fazia sentido mais. Ela recordou-se da canção de Cazuza "solidão a dois de dia, faz calor depois faz frio..." e em sua cabeça era tudo o que conseguia ouvir. Mas como quem não desistia fácil, continuava tentando, com bem menos sorrisos e um tanto cansada.
Não era tola, ou não pensava que fosse tolice acreditar que as pessoas e as situações pudessem mudar. Tinha uma esperança imensa dentro de si, ela realmente queria acreditar.

A menina que sorria.




Certo dia lá estava ela, feliz. Por momentos seguiu sorrindo, tudo era perfeito quando ela enxergava a vida assim. E quando algo novo parecia querer colocar tudo que construira abaixo, ela simplesmente sorria. E resolveu nunca mais usar roupas de cores escuras, e nem vestir lágrimas no rosto, ela já achava demodê.

Ela não abrira mais os livros, só assistia comédias e romances com happy ends. Não assistia mais telejoranais, tampouco lia notícias, pois percebera que o mundo não iria mudar se ela fizesse, (ou não), isso.

Por amor a si mesma não se envolvia em nada que pudesse tirar sua alegria. É como se ela tivesse trocado o plano de fundo da sua vida.

Ela assistia novelas, olhava o céu bonito a noite e rezava pra dormir como sua mãe ensinara.
Acordava pela manhã, abria a janela fazendo toda a luz entrar contemplava o cato dos pássaros e saia para passear com seu cão.

Pela tarde ouvia algumas radios e cantarolava sucessos pop dançando, como quando o fazia na infância.

E vivia assim, a par de si mesma e apenas do que lhe fazia feliz ou lhe acrescentava coisas boas, que a fizessem sempre e simplesmente, sorrir.

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